quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PENSANDO SOBRE POSSIVEIS MUDANÇAS

Antes de falar de possíveis mudanças no ensino aprendizagem a partir da inserção dos recursos de informática no ambiente educacional, quero fazer um pequeno recorte no conceito de mídias. Sabe-se que mídia é todo recurso tecnológico que vem para facilitar a vida do ser humano. Nesse sentido, as mídias tem um longo percurso na história. O papiro, por exemplo, foi uma grande descoberta como suporte midiático nas interações da linguagem naquele período. Posteriormente, a imprensa revolucionou o universo das distintas áreas do conhecimento ao fazer a impressão em série. Não cabe aqui falar de todas essas revoluções tecnológicas, mas das possibilidades de aprendizagens advindas com o uso adequado desses recursos. Digo adequado porque a mídia em si não tem qualquer valor, mas do uso que se faz dela. Portanto, em relação ao questionamento sobre se fazermos as mesmas coisas que fazíamos antes, ou não, desses recursos modernos. O fato de termos tantos recursos tecnológicos atualizados não quer dizer que a prática pedagógica seja diferente daquela de mais de 10 anos atrás.
Os referenciais curriculares nacionais e do Tocantins preconizam uma pratica pedagógica que habilite o aluno a atuar nesse novo contexto sociocultural. Daí a necessidade de todo profissional docente dar mais atenção a essa gama de tecnologias digitais a trazê-las para a sala de aula de forma articulada com os conhecimentos acadêmicos. Para isso, é interessante que o professor crie possibilidades de os alunos desenvolverem suas potencialidades nas diversas áreas do conhecimento. Muitos estudiosos orientam esse novo fazer pedagógico, “O uso da tecnologia digital para ler, escrever e divulgar informações transformou radicalmente a natureza da comunicação escrita e do letramento convencional, introduzindo novos gêneros textuais, práticas discursivas e estabelecendo um novo paradigma nas ciências da linguagem. No cerne dessas mudanças, cabe rediscutir as relações oralidade/escrita, elas também redimensionadas com os multimeios e o suporte eletrônico. A visão dicotômica de fala/escrita hoje insustentável, sobretudo face à realidade virtual, desafia nosso conhecimento acerca dos limites e distribuição da oralidade e do letramento...”MARCUSCHI, 2002, p. 21)
Toda essa sintonia não se restringe à relação eu/máquina, há possibilidade de novos rumos, novos conhecimentos quando entramos nesse caminho “sem volta”. Escrever, por exemplo, é uma ação que nós educadores não dispomos de tempo ou nos falta vontade para o exercício da escrita, e nesse período de realização do curso em mídias, já escrevemos consideravelmente. Pesquisamos, lemos, registramos nossas reflexões sobre o que preconiza os referenciais de educação para esse novo século. Mas o que vem sendo comprovado no universo escolar é o “retrato” de uma educação que ainda está em passos lentos rumo ao novo perfil do educador do século XXI.
As TICs podem ser utilizadas para acelerar o desenvolvimento em direção à meta de educar para a vida e para a cidadania. Os novos paradigmas exigem que o educando seja capaz de construir o próprio conhecimento e as tecnologias viabilizam a realização desse objetivo. Elas podem propiciar melhor equilíbrio entre as polaridades sociais. Promover um ensino que aproxime o aluno do mundo exterior à escola e prepará-lo para enfrentar diversas e adversas situações nessa nova configuração social, é o único caminho para que a escola seja considerada efetivamente de qualidade. Assim, não só a escola ou o aluno será beneficiado, mas toda a sociedade. Maria da Ajuda

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O CENÁRIO MUDOU

“A internet afeta as práticas de ensino de três maneiras distintas: possibilita a comunicação à distância (em tempo real ou não); propicia ferramentas técnicas que facilita a produção de textos hipermídia; abre o acesso a um banco de informações potencialmente infinitas...” Denise Bértoli Braga


Os acontecimentos na história são dinâmicos, e o que era suficiente numa época, passa a ser obsoleto num outro período. Assim, a educação também sofreu mudanças, mudanças na forma de ensinar, nas ideologias, novas teorias ocupam o lugar de outras já ultrapassadas, novos paradigmas são seguidos, enfim, vivemos a era digital, são “dígitos pra todo lado”, e o ensinar a ler e a escrever não restringe a objetos como lápis, caderno, livro, quadro (antes preto, agora branco), é muito mais: a leitura e a escrita assumem uma nova configuração. Parafraseando Paulo Freire, acredito que a leitura virtual precede a leitura livresca. As crianças, ainda muito pequenas e sem coordenação motora desenvolvida, já apresenta certa habilidade no manuseio da tecnologia digital e é visível o fascínio delas ao fazer isso.
Vivemos um mundo de pluralidades, muitas coisas acontecem ao mesmo tempo e isso reflete na educação, a leitura hipertextual ilustra muito bem a realidade atual, e ignorá-la chega a ser falta de profissionalismo. Por este prisma a leitura do hipertexto é subversiva, pois contrapõe a linearidade do texto tradicional, não segue a mesma linearidade dos textos impressos e oferece inúmeras possibilidades de outras informações. Além disso, o leitor pode direcionar sua leitura sem perder o campo visual, ações que não ocorrem com o livro por exemplo, que até para buscar o significado de uma palavra temos que sair do campo leitor e ir ao dicionário.
É nesse novo cenário que estamos: professores em busca de maior intimidade cm os recursos tecnológicos, para poder sair na dianteira de um ensino facilitador das aprendizagens, que prepara o educando para atuar no mundo do qual ele parte. Como exemplo, este blog que você, internauta, navega, mesmo ainda em produção, já é fruto dessa busca, desse procurar aprender para poder agir. Os cursos de midias na Educação, tem oportunizado os educadores a desenvolver competências e habilidades na prática pedagógica, tendo as NTICs como parceiras.
Designer, web, ipod, GPS, messenger, internet, blog, torpedo, orkut, youtube, webdesigner, netqueta, twitter, emoctions... e muitas outras palavras desse gênero já fazem parte do vocabulário da garotada e muitas vezes nós, educadores, ainda desconhecemos boa parte do vocabulário midiático presente no nosso dia-a-dia. As TICs estão aí e numa rotatividade muito grande. Muitas vezes nem aprendemos direito a operar uma mídia e já chegou outra Essa nova realidade exige maior dinamicidade de conhecimentos por parte dos educadores. Num ritmo acelerado e simultâneo, esses conhecimentos sinérgicos estão penetrando nos poros da educação, de forma que não há escolhas em aceitar ou não, é fato que, obrigatoriamente, precisa de ação urgente, ação em que os alunos não sejam apenas coadjuvantes, e sim protagonistas de uma peça que está em cartaz, e cujos atores precisam entrar em cena.
A educação precisa abraçar essa nova realidade e promover um trabalho didático-pedagógico, cujas ações os alunos possam articular conhecimentos, se envolver nesse contexto emergente e diverso e articular conhecimentos acadêmcicos e mundo midiático
Pensar os recursos midiáticos, no entanto, não é só os equipamentos tecnológicos, é pensar também no rádio, na midia impressa, no vídeo, no ambiente virtual. Hoje o rádio não tem tanto espaço quanto as outras mídias, outros recursos de comunicação têm atraído um público jovem cada vez maior. A internet e o celular são exemplos disso. Mas não podemos deixar de explorar as possibilidades que aquele recurso nos oferece. A mídia impressa e a produção de uma revista eletrônica vão promover nos alunos o prazer de escrever: criar blogs, escrever autobiografias ilustradas, levantar dados históricos e promover uma exposição utilizando os recursos tecnológicos, interagir na web, tudo isso de forma interdisciplinar. Enfim, o que não falta são possibilidades de boas aulas, interativas e de sucesso.
Em entrevista concedida à Revista Nova Escola de março/07, o prof. Píer Cesare Rivoltella enfatiza que a mídia “deve permear os processos de ensino e aprendizagem, como acontece com a escrita”, e lembra também que o celular não é apenas um instrumento de recepção, mas de produção, e acrescenta ainda que sabendo utilizar o celular, o professor pode envolver os alunos em produção de filmes. Para ele “os jovens de hoje são criados numa sociedade digital e devem ser educados para assumir a cidadania conforme a realidade emergente”. Com tanta mídia digital, cabe ao professor, fazer desses recursos tecnológicos aliados na gestão da aprendizagem, e mesmo que os holofotes não brilhem, o trabalho dele vai mudar os rumos da história da educação no nosso país. (Maria da Ajuda- Aluna do curso Ensinando e Aprendendo com as TICs)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Hipertexto na escola

Estamos imersos em uma sociedade, cuja evolução tecnológica modifica nossos hábitos e a forma de aprender também é influenciada por todas essas inovações. Se o ser humano muda seus conceitos e forma de ver o mundo ao longo da história, a forma de ensinar e aprender também exige novos paradigmas. É interessante conhecer as últimas descobertas tecnológicas que fazem parte do cotidiano comunicativo dos jovens e suas possibilidades no uso pedagógico.
Sabemos que não basta ter conhecimento de conteúdo para ser bom professor, é necessário saber mediar o conhecimento numa gestão dialógica, contextual e interdisciplinar. Dialógica porque em qualquer ambiente de aprendizagem o diálogo, as interações devem fazer parte do processo, para favorece a troca de experiências, de descobertas, de conhecimentos.
Parafraseando Paulo Freire, aprender não é decodificar, aprender é uma constante descoberta, é construir conhecimentos a partir das informações dentro de um contexto sociocultural, e a forma como é ministrada a prática pedagógica depende do contexto em que os alunos fazem parte, e quais disciplinas serão envolvidas nessa convergência de saberes.
Falar de recursos midiáticos, nos remete aos recursos que a escola possui. Pontuarei aqui os virtuais. Estar ligado ao mundo virtual, pedagogicamente falando, não é apenas acessar a internet, é, além de acessá-la, pensar nos objetivos que o conduziu ao mundo virtual.
Web, messenger, internet, blog, flog orkut, youtube, webdesigner... e muitas outras palavras desse gênero virtual já fazem parte do vocabulário da garotada, mas nem sempre é de domínio da classe docente. Num ritmo acelerado e simultâneo, esses conhecimentos sinérgicos estão penetrando nos poros da educação, de forma que não há escolhas em aceitar ou não, é fato que, obrigatoriamente, precisa de ação urgente, ação em que os alunos não sejam apenas coadjuvantes, e sim protagonistas de uma peça que está em cartaz, e cujos atores precisam entrar em cena nesse teatro chamado escola virtualizada. (Maria da Ajuda)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Blog como ferramenta de aprendizagem

Vejo o blog como uma ferramenta de apoio a aprendizagem, cujo principal objetivo é processo de conhecimento dialógico, interativo, que pode ser o espaço de divulgação de trabalhos de diversas disciplinas, possibilidade da criação coletiva e a aproximação de alunos e professores são apontadas como as principais contribuições que os blogs podem trazer para o processo de ensino e aprendizagem. Além disso, ao adotar as TICs, e neste caso o blog, como um dos caminhos norteadores da aprendizagem, a escola está cumprindo com uma das suas funções, que é transmitir o conhecimento acumulado pela humanidade e preparar o aluno para a sociedade, com a expectativa de transformação da realidade.
Lendo os textos sobre blogs, achei interessante um artigo em que a afirmação da autora confirma o que mencionei acima. Para ela os blogs “São aplicativos fáceis de usar que promovem o exercício da expressão criadora, do diálogo entre textos, da colaboração”, explica Suzana Gutierrez, da UFRGS. “Blogs possuem historicidade, preservam a construção e não apenas o produto (arquivos); são publicações dinâmicas que favorecem a formação de redes”, completa.
Esses diários eletrônicos são uma ferramenta diferente, com potencial para reinventar nosso trabalho pedagógico e envolver muito mais nossos alunos. Tem grande poder de comunicação: oferecem espaços de diálogo onde os alunos são escritores, leitores, pensadores. Blogs ajudam a construir redes sociais e redes de saberes. Alem disso, é fácil de usar, porém, é interessante pensar que o blog não é algo que se produz e ponto final. A realimentação contínua de um blog depende, fundamentalmente, do interesse que ele desperta e do que está sendo produzido através dele. Se o interesse acaba, se a produção não acrescenta muita coisa, a tendência é que ele esmoreça mesmo.

Abaixo, seguem dicas captadas na internet que ajudarão os colegas do Midias na Educação a utilizarem o blog na escola.

O professor pode utilizar o blog com seus alunos de duas formas, uma delas é criando um blog pessoal e estabelecer indiretamente um vinculo com seus alunos, ou seja, acessam quando tiverem vontade. Na segunda forma, o professor utiliza como complemento pedagógico realmente e atividade didática. Neste caso deixo algumas recomendações: ( é claro que algumas servem para o blog pessoal também, mas outras são essenciais quando utilizadas dentro da instituição)

1. - Insira a questão dos blogs em seu planejamento de aula;
2. - Peça autorização da direção da escola, pois o não conhecimento da escola e também dos pais, pode acarretar problemas legais para todos;
3. - Esteja sempre atento ao que está escrevendo;
4. - Não utilize o nome da escola ou logotipo, sem a devida autorização da instituição;
5. - Não publique fotos dos alunos sem pedir autorização dos pais e da escola;
6. - Nunca chame atenção de seus alunos no blog, isso pode repercutir muito mal;
7. - Deixe claro quando está falando (escrevendo) por você e pela escola;
8. - Estabeleça um código de condutas para seus alunos no próprio blog.
9. - Deixe claro o que pode ser feito com as publicações do seu blog. Pode ser copiado, editado, .... etc.
10. Explique para seus alunos:
11. - “Liberdade com responsabilidade de expressão”. Mas justifique, seja convincente e mostre que mesmo que a Constituição Federal proteja este direito, também protege o direito à honra, à privacidade e à imagem e que o Código Civil, considera que comete ato ilícito que abusa de um direito;
12. - O que é calúnia, injúria e difamação. Ensine que caluniar, injuriar ou difamar alguém é crime e não importa se o fez pela internet, portanto, falar mal do amiguinho é errado.
13. - Deixe claro que sendo menor de idade, seus pais serão responsabilizados;
14. - Só publique fotos de colegas se eles permitirem ( aconselha-se a perguntarem aos pais );
15. - Ao publicarem uma obra, como poesia, letra de música, devem sempre indicar o autor e quando possível, pedir sua autorização;
16. - Que não devem publicar informações pessoais, como endereço, telefone, etc.
17. Ao abordar estas questões estaremos contribuindo não só para o mundo digital, mas também para a questão de cidadania em nossa sociedade.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

webquest

Webquest

Conforme já pesquisado pelos colegas e, segundo consta em vários sites pesquisados “o conceito foi criado em 1995 por Bernie Dodge, professor estadual da Califórnia (EUA) tendo como proposta metodológica o uso da Internet de forma criativa. A Webquest é uma atividade investigativa onde as informações com as quais os alunos interagem provêm da internet. Sua elaboração É feita por um professor para ser solucionada por alunos reunidos em grupos.
Seus recursos Também chamados de fontes, os recursos podem ser livros, vídeos e mesmo pessoas a entrevistar, mas normalmente são sites ou páginas da Web.
Tipos
Bernie Dodge define a Webquest em:
Curta: Leva de uma a três aulas para ser explorada pelos alunos e seu objetivo é a integração do conhecimento.
Longa: Leva de uma semana a um mês para ser explorada pelos alunos em sala de aula e tem como objetivo a extensão e o refinamento de conhecimentos.
A Webquest é constituída de sete seções:
- Introdução - Determina a atividade.
- Tarefa - Informa o software e o produto a serem utilizados.
- Processo - Define a forma na qual a informação deverá ser organizada (livro, vídeos etc).
- Fonte de informação - Sugere os recursos: endereços de sites, páginas da Web.
- Avaliação - Esclarece como o aluno será avaliado.
- Conclusão - Resume os assuntos explorados na Webquest e os objetivos supostamente atingidos.
- Créditos - Informa as fontes de onde são retiradas as informações para montar a webquest, quando página da Web coloca-se o link, quando material físico coloca-se a referência bibliográfica. É também o espaço de agradecimento às pessoas ou instituições que tenham colaborado na elaboração. Objetivos Educacionais
- O educador moderniza os modos de fazer educação (sincronizado com o nosso tempo/internet).
- Garante o acesso à informação autêntica e atualizada.
- Promove uma aprendizagem cooperativa.


Desenvolver habilidades cognitivas
“Aprendizagens significativas são resultados de atos de cooperação, as WQs estão baseadas na convicção de que aprendemos mais e melhor com os outros do que sozinhos.”

- Favorece as habilidades do conhecer (o aprender a aprender).
- Oportuniza para que os professores de forma concreta se vejam como autores da sua obra e atuem como tal. (acessar, entender e transformar).
- Favorece o trabalho de autoria dos professores.
- Incentivar a criatividade dos professores e dos alunos que realizarão investigações com criatividade.
- Favorecer o compartilhamento dos saberes pedagógicos, pois é uma ferramenta aberta de cooperação e intercâmbio docente de acesso livre e gratuito”.
O que se observa é que o webquest é um recurso valioso no ensino aprendizagem, pois não apenas retira a informação da internet, mas configura em conhecimento, mediado pelo professor. Pois, sendo um trabalho em etapas / seções (sete), o aluno vai vivenciando experiências e interagindo com o grupo. Além disso o professor constrói o que chamamos sequência didática, dando sentido ao fazer pedagógico.